Bem vindo ao Civil Depressão

Um blog feito para amantes da Engenharia Civil

Patologia na construção civil

Entenda o que é, como ocorre e como é possível evitá-la.

RFID - IDentificação por Rádio Frequência (Parte 1)

Compreenda um pouco sobre o que significa essa tecnologia que vem ajudando o mundo desde a segunda guerra mundial.

Uso de Pré-Moldados

Descubra as vantagens do uso da alvenaria estrutural está no alto potencial de racionalização dos materiais e dos métodos construtivos utilizados na construção de edifícios.

Concreto Armado

Aprenda mais sobre esse material muito usado em construções.

terça-feira, 30 de julho de 2013

Patologias concreto armado

Corrosão do concreto
Pode-se definir corrosão como a interação destrutiva de um material com o ambiente, seja por reação química, ou eletroquímica. Basicamente, são dois os processos principais de corrosão que podem sofrer as armaduras de aço para concreto armado: a oxidação e a corrosão propriamente dita.
Por oxidação entende-se o ataque provocado por uma reação gás-metal, com formação de uma película de óxido. Este tipo de corrosão é extremamente lento à temperatura ambiente e não provoca deterioração substancial das superfícies metálicas, salvo se existirem gases extremamente agressivos na atmosfera.
Por corrosão entende-se o ataque eletroquímico que ocorre em meio aquoso. A corrosão acontece quando é formada uma película de eletrólito sobre a superfície dos fios ou barras de aço. Este tipo de corrosão é também responsável pelo ataque que sofrem as armaduras quando ainda armazenadas no canteiro. É melhor e mais simples preveni-la do que tentar saná-la depois de iniciado o processo.
Uma das grandes vantagens do concreto armado é que ele pode, por natureza e desde que bem executado, proteger a armadura da corrosão. Essa proteção baseia-se no impedimento da formação de células eletroquímicas, através de proteção física e proteção química.
Assim, apenas se o concreto for de má qualidade e ma impermeabilização é que o processo de corrosão cria condições de aumento da taxa de ataque. O fenômeno é relacionado ao fato dos produtos da corrosão do ferro e do aço terem um volume específico maior do que o próprio aço. O aumento do volume dos produtos da corrosão causa tensões que podem resultar na fissura do concreto.
As fissuras do concreto facilitam o acesso do meio corrosivo a aceleram o processo. 
Quando as fissuras atingem a superfície externa do concreto, os produtos da corrosão podem ser removidos. Mais graves são os ataques em concreto protendido(sobre grande tensão). Neste caso o processo de corrosão pode levar a perda da resistência e eventualmente colapso.
Os íons são provenientes de contaminantes externos ou dissolução de sais, bem como a maresia pode provocar o excesso de sal no ar e conseqüentemente a sua penetração no concreto.
*Causas:
 A presença de íons de cloro é uma das principais causas da corrosão do aço no concreto. 
Outra causa pouco conhecida de íons que levam o concreto a se romper é a poluição do ar por meio da contaminação de CO2 de grandes cidades, assim se acumulado em locais fechados por um determinado período de tempo, o gás presente no escapamento dos carros pode prejudica a vida útil do concreto.
*Medidas Preventivas:
As tentativas de proteção são em geral dirigidas para os revestimentos do aço (galvanização, pintura, etc...). Outras medidas preventivas como a redução da permeabilidade do concreto, o aumento da profundidade de cobertura de concreto ou a eliminação dos íons de cloro pelo uso de seladores são aplicáveis. As medidas preventivas tem algum grau de sucesso, mas não comparável à proteção catódica. A proteção catódica é um método de combate a corrosão que consiste na transformação da estrutura para proteger o catodo de uma célula eletroquímica ou eletrolítica, que é de dificil execussão.
Corrosão de armaduras – É o fenômeno mais típico de estruturas de concreto expostas à maresia. Trata-se de um processo eletroquímico no qual há um ânodo e um cátodo. Geralmente o problema manifesta-se pela diminuição da seção de armadura e fissuração do concreto, mas, eventualmente, podem surgir manchas avermelhadas produzidas pelos óxidos de ferro. As causas são variadas, entre as quais destacam-se insuficiência do cobrimento da armadura ou má qualidade do concreto e presença de cloretos. A partir das tensões provocadas pelo aumento da corrosão, outros problemas podem surgir. Primeiramente fissuras, que ocorrem porque os produtos da corrosão ocupam espaço maior que o aço original. Depois, outras patologias também podem afetar a estrutura, como as desagregações.

terça-feira, 23 de julho de 2013

RFID - IDentificação por Rádio Frequência (Parte 1)

O que é RFID?
Identificador por rádio frequência - Radio-Frequency IDentification - (RFID): é um método de identificação automática através de sinais de rádio, constituída de chips de silício e uma pequena antena embutidos .


Origem:
O sistema RFID foi desenvolvido durante a Segunda Guerra Mundial. Nessa altura já existiam os radares que detectavam aviões, mas não conseguiam distinguir um avião aliado de um inimigo. É então que Sir Robert Alexander Watson-Watt, graduado com um bacharelato em Engenharia em 1912, também ele inventor do radar, começou a estudar uma forma de conseguir identificar a origem dos aviões que surgiam no radar.




Esse sistema, apelidado de IFF, sigla de Identify Friend or Foe (Identificador de Amigo ou Inimigo), consistia em se colocar um transmissor em cada avião aliado. Então, quando esses transmissores recebiam as ondas dos radares, respondiam com outro sinal, dando conhecimento que era aliado.
Em 1973, Mario W. Cardullo registrou a primeira patente, de um tag RFID passivo com memória regravável. Acredita-se que este é o antecessor da tecnologia RFID moderna. Nesse mesmo ano foi registrada a outra patente RFID, por Charles Walton, mas desta vez para um sistema que utiliza um tag passivo e um leitor para ativar um mecanismo de abertura de uma porta.
O Laboratório Nacional de Los Alamos, Estados Unidos da América (EUA), teve um papel preponderante no desenvolvimento desta tecnologia. A pedido do Departamento de Energia dos EUA, este laboratório desenvolveu um sistema para monitorizar/rastrear material nuclear que se baseava em colocar leitores RFID nos portões das instalações e tags nos camiões de transportes, podendo assim trocar informação de identificação do material ou outras informações importantes (nome do condutor, etc.). Este mesmo método começou a ser comercializado por volta de 1980 para o pagamento de pedágio em auto-estradas, pontes e túneis em todo o mundo.



No início dos anos 90, a IBM (International Business Machines) desenvolveu e patenteou um sistema RFID de muito alta frequência que oferecia uma rápida transferência de dados e apresentava uma distância de leitura de cerca de 20 metros em boas condições. Foram feitos testes em algumas redes comerciais como o Wall-Mart. Devido às más condições financeiras da IBM, a patente foi vendida a meio dos anos 90 à empresa Intermec, empresa especializada em sistemas de código de barras.
O custo associado a esta tecnologia foi um impasse para a sua evolução, pois as empresas só adquiriam esta tecnologia quando tivesse um custo de produção mais baixo, e os custos de produção só diminuiriam quando a tecnologia fosse fortemente adotada.
Só a partir de 1999 se começou a registrar uma expansão da tecnologia, quando o custo associado a esta tecnologia deixou de ser um entrave para a propagação da mesma e quando a Uniform Code Council, EAN International, Procter & Gamble e a Gillette fundaram a Auto-ID Center no Instituto de Tecnologia de Massachusetts. David Brock e Sanjay Sarma investigaram a possibilidade de colocarem um sistema RFID de baixo custo em todos os produtos para poderem localizá-los no mercado. Estes tags seriam passivos e, apenas com um número único de memória, seriam mais baratos de adotar do que tags com memória interna e, portanto com um chip mais complexo. Os dados associados a cada número único estariam acessíveis através da internet.
Estes dois professores mudaram a maneira de pensar no tema de RFID em produtos, pois, antes do estudo deles, os dados relativos ao número único estariam numa base de dados móvel. A partir deste momento, é então possível rastrear um produto desde o momento que saiu da fábrica, nos armazéns, nas empresas de transporte até chegar ao comprador final.



Entre 1999 e 2003, mais de 100 grandes empresas de venda ao público começaram a apoiar o Auto-ID Center, incluindo o Departamento de Defesa dos EUA e muitos vendedores da tecnologia RFID. Foram abertos laboratórios de investigação na Austrália, Reino Unido, Suíça, Japão e China. Foram desenvolvidas várias normalizações, como dois protocolos de interface aéreo (Class 1 e Class 0), esquema de numeração do número eletrônico de produto (Electornic Product Code – EPC), assim como a arquitetura de rede para localizar informação associada a um tag RFID na internet. Esta tecnologia foi certificada pelo Uniform Code Council em 2003 e foi também criada a EPCglobal, que é uma organização sem fins lucrativos cuja função é administrar e fomentar o desenvolvimento da tecnologia, criando uma padronização para as diferentes aplicações.
O Auto-ID Center é uma colaboração entre empresas privadas e o mundo acadêmico com fins não lucrativos que desenvolveu uma estrutura para rastrear produtos globalmente. Fechou portas em Setembro de 2003, mas os laboratórios que abriu continuam o trabalho de investigação.
Em Dezembro de 2004, foi retificado o protocolo EPC, para o EPC Gen 2. Ele foi desenhado para uso internacional e possui outras melhorias tais como o modo de leitura “densa”, ou seja, impedir colisões entre leitores quando muitos coexistem na mesma área.

Atualmente:

Hoje em dia esta tecnologia tem inúmeras aplicações. É utilizada em Hospitais para monitorizar crianças recém-nascidas, assim como localizar equipamentos médicos. A nível industrial tem várias aplicações, entre elas na gestão de stock, localização de produtos quer na linha de montagem quer no transporte, controlo de pessoal etc. Na área comercial utiliza-se este sistema na segurança de lojas em que os produtos ao sair da loja emitem um aviso caso não tenha sido pago. Na área da manutenção o Aeroporto de Frankfurt iniciou um projeto-piloto em 2003 com o objetivo de testar os benefícios do RFID na manutenção dos seus 22 mil extintores. Neste projeto concluiu-se que a utilização deste sistema permite um ganho extraordinário de eficiência, fazendo com que tal processo reduzisse a utilização de 88 mil páginas de papel arquivadas por ano.


Como funciona essa parada?
Um sinal é enviado a um transponder (ou tag), o qual é ativado e reflete de volta o sinal (sistema passivo) ou transmite o seu próprio sinal (sistemas ativos). Vários estudos e aplicações foram efetuados nesta tecnologia antes da aplicação e do modo como hoje em dia é vista a RFID.
Um sistema RFID é constituído por dois componentes de hardware, um conjunto leitor antena e um transponder (tag ou etiqueta). O objectivo é que o leitor consiga ler a informação guardada no tag e transmiti-la para um computador. 
Geralmente, dentro do leitor, existe um middleware, cuja função principal é controlar o funcionamento da antena e fazer um tratamento de dados antes de ser enviado o resultado final para o computador. Existem também casos de o middleware estar localizado num servidor central, mas em situações mais complexas. Após a recepção da “resposta” do tag e, com o devido tratamento do middleware, é necessário ter um software capaz de interpretar os dados recebidos.


terça-feira, 9 de julho de 2013

Patologias, subdivisão, origem e como combate-las

As patologias são subdivididas em ramos?

Dependendo da área onde ocorre a patologia, se cria um estudo de suas causas, e esses ramos de estudo dividem o conhecimento sobre patologias em:
*Patologia de Fundação
*Patologia de alvenaria
*Patologia em metal
*Patologia das obras em madeira
*Patologia em concreto
*Patologia em instalações

Quando surgem as patologias?

As causas das patologias podem ocorrer durante 3 etapas da construção de um edificação, no projeto, na execução e durante a utilização. De acordo com as pesquisas de alguns profissionais no ramo, cerca de 50% das patologias ocorre durante o planejamento do projeto e 30% e 20% ocorrem durante a execução e utilização respectivamente.

Como combater as patologias?

1°)Para se combater qualquer "inimigo", é necessário primeiro conhece-lo. Primeiramente é necessário examinar que tipo de patologia que se está lidando, se é um rachadura, uma deformação, ataque de agentes biológico,químicos e etc.

2°)Após compreender o que esta acontecendo com a estrutura é necessário procurar compreender seu principio, nessa etapa do combate a experiência conta muito, pois um individuo com uma ampla experiência no assunto pode identificar rapidamente a causa da patologia só de observa-la, como por exemplo: é possível determinar a patologia de uma parede de alvenaria, se é causada pelo recalque da fundação do edifício ou se é por falta de verga nas janela, só de se olhar o formato das rachaduras.

3°)Após determinar a causa da patologia, o encarregado pela edificação deve usar sua criatividade para lidar com a patologia, de forma a repara-la com o maior custo benefício possível.

Introdução a patologia na construção civil

O que é patologia?

Patologia é o ramo da medicina que estuda as doenças encontradas em um organismo vivo, contudo usa-se também essa palavra em outros ramos da ciência para designar qualquer tipo de problema que ameacem o tempo de vida útil de qualquer ser ou estrutura.

As patologias são raras?

Não, muitas vezes as patologias são tão presentes que nos faz pensar que rachaduras, forro umedecido, azulejo trincando ou pintura descascando são fatos que fazem parte da "vida" de uma edificação, e realmente a fazem, contudo o mal planejamento, a má execução da obra ou a presença de agentes químicos podem acelerar o processo natural de deterioração.Muitas pessoas se deparam com patologias diariamente como em suas casas, nos comércios, nas escolas, nos shoppings, no trabalho e etc, todavia desconhecedores do assunto raramente a notam, geralmente só as descobrem depois que o problema chega ao nível de importunar o usuário ou visitante.

É possível evita-las?

Claro, para evita-las, é necessário executar a obra de forma cautelosa e bem planejada, para evitar erros durante a construção, e também é de suma importância que o usuário dependendo da situação dê assistências necessária e de forma periódica a sua edificação.

terça-feira, 2 de julho de 2013

Fissuras em paredes

1. Por que surgem fissuras nas paredes de edifícios e casas?
As fissuras podem se formar por uma série de fatores, os mais comuns são:
  • Retração das argamassas devido à dosagem inadequada da argamassa ou concreto, ausência de cura principalmente na ocorrência de vento e calor excessivo, emprego de areia inadequada e ou contaminada, tempo insuficiente de hidratação da cal eventualmente utilizada , etc.
  • Má aderência do revestimento à estrutura.
  • Falta de juntas de dilatação ou movimentação que absorvam a deformabilidade da estrutura.
  • Recalques de fundação.
2. No caso de existirem muitas fissuras, há alguma forma de tratá-las como um todo ou é necessário tratar uma a uma?
É importante destacar que para cada tipo de fissura existe uma causa, por isso é difícil tratar de um único modo todos os tipos de fissuras.
É preciso uma análise prévia para definir a causa e o tipo da fissura, após esta etapa pode-se escolher o tipo de tratamento adequado. Para analisar uma fissura é preciso classificá-las quanto à abertura, geometria e movimentação.

3. Quais danos esse tipo de fissura pode causar na edificação?
As fissuras permitem a passagem de água que além de provocar manchas, eflorescências, bolhas e saponificação da pintura, possibilitam também a proliferação de bolores e outros fungos, provocadores de doenças alérgicos respiratórias.
Nos caso mais graves propicia um processo de corrosão das armaduras que se não forem tratadas adequadamente chegam a comprometer a estabilidade estrutural das edificações.

4. Como tratar as fissuras nas paredes?
No caso de microfissuras, é comum o tratamento com impermeabilizante acrílico flexível para fachada (VEDAPREN PAREDE).
Aplicado em 2 a 3 demãos, na forma de pintura este produto acompanha a movimentação destas microfissuras e evita a infiltração de água pela fachada. Geralmente pode substituir o selador para tinta acrílica.
Já para fissuras em alvenarias, é sugerido o seguinte tratamento descrito abaixo.
Preencher a abertura da fissura com mástique acrílico (VEDACRIL). Posteriormente, seguindo um procedimento que assegura um serviço de alta qualidade e confiabilidade, pode-se estruturar a área com a aplicação de uma tela especial a base de fibras de vidro de mono filamento contínuo e posterior pintura flexível com VEDAPREN PAREDE.
Como já foi dito,as fissuras e, principalmente, trincas e rachaduras devem ser previamente analisadas antes de se determinar o tratamento a ser adotado. Para isso recomenda-se sempre a consulta a um engenheiro habilitado visto que muitas vezes podem representar manifestações que podem representar problemas estruturais graves.